Juntos | Filme com Dave Franco e Alison Brie é acusado de plágio antes mesmo da estreia

Tem um filme de terror novo vindo aí que estava chamando atenção nos festivais. E não era pouca coisa. O trailer saiu faz poucos dias... Era pra ser a nova sensação do terror original, algo nunca visto antes... A crítica estava empolgada. O público também. Eu inclusive estava de olho. Mas aí veio o plot twist da vida real: o filme pode ter sido roubado.
A produção é estrelada por Dave Franco e Alison Brie. O casal (que também é um casal na vida real, aliás) interpreta dois personagens em crise que viajam juntos e acabam, por causa de algum horror misterioso, sendo literalmente grudados um no outro. Um body horror intenso, com direito a cena bizarra e desconfortável. O filme era promissor. Até a noite passada.
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"Better Half" (2023) Imagem: reprodução |
Saiu a notícia de que estão sendo processados por plágio, não só Dave Franco e Aliso Brie, mas o diretor Michael Shanks, a agência WME e até a distribuidora Neon, que comprou o filme em fevereiro por 17 milhões de dólares. O motivo? Um filme indie de 2023 chamado Better Half (imagem) exibido no Sundance.
No começo, parece só mais uma daquelas brigas sobre ideia parecida, diálogo parecido, uma vibe meio “essa música parece com aquela”. Mas quanto mais você lê, mais a coisa pesa. O roteiro original de Better Half teria sido oferecido aos próprios Dave Franco e Alison Brie lá em 2020. Via WME. A proposta era clara: interpretar o casal principal. O filme contava a história de um homem e uma mulher que, depois de um encontro casual, acordam fisicamente colados um ao outro.
E eles recusaram. Disseram que Dave iria passar, mas agradeceram pela lembrança. Até aí, beleza. Mas aí vem o problema: o filme que eles lançaram agora tem uma premissa quase idêntica. A denúncia fala de “semelhanças estarrecedoras” e “nenhuma explicação inocente possível”.
Na ação, os criadores de Better Half afirmam que houve um esquema intencional para copiar o filme. Dizem que até cenas específicas, diálogos e o clímax emocional final foram replicados. E aí entra o detalhe mais insano: nos dois filmes, o casal aceita o destino, coloca um vinil das Spice Girls, e toca “2 Become 1”. Mesma música. Mesmo disco. Mesmo momento de catarse.
Dá pra acreditar que isso aconteceu por coincidência?
O produtor de Better Half estava na sessão de Sundance, assistindo ao filme, em silêncio absoluto. Ele saiu de lá com a sensação de que o projeto inteiro dele havia sido arrancado diante dos seus olhos. Segundo o processo, eles querem compensação pelos lucros, impedimento de distribuição, além de custos legais e juros. Tudo vai ser decidido em tribunal. Together (no Brasil Juntos) tem estreia marcada para agosto. Por enquanto.
É claro que nada disso foi provado ainda. Mas é um tipo de acusação que, se confirmada, muda tudo. A experiência de ver o filme já fica meio azeda. Ninguém quer apoiar um projeto que, no fim das contas, é uma cópia. Mas também não dá pra sair cancelando sem saber. Ser acusado de algo que você não fez também é uma merda.
E aí, o que você acha? Rola uma coincidência nesse nível – uma vez que a ideia original foi oferecida aos envolvidos? Ou tá com cara de “roubaram mesmo”?
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