Depois das falas de Joseph Gordon-Levitt, me sinto obrigado a rever 500 Dias com Ela

Pronto. Depois de um vídeo que assisti online, me sinto quase que obrigado a rever 500 Dias com Ela, com outros olhos... A entrevista de Joseph Gordon-Levitt no The Drew Barrymore Show, de 1 ano atrás (30 de setembro 2024), reacendeu algo que talvez muitos de nós tenhamos esquecido: o filme nunca foi exatamente sobre amor correspondido, mas sobre perspectiva.

Durante a conversa, Drew elogia o ator por interpretar um personagem tão carismático e é aí que Gordon-Levitt surpreende em sua resposta. Ele disse que o personagem é muito simpático, mas o filme é contado a partir da perspectiva dele. Não é uma história narrada pelos dois lados. Segundo ele, o público acaba se identificando com Tom porque o vê como o "cara legal" da relação, aquele que foi deixado injustamente. Mas, na verdade, estamos assistindo apenas metade da história.





Entrevista


Gordon-Levitt explicou que a gente sempre acha que está certo, que é o lado bom da relação, e que quem termina com a gente está errado, mas isso é só o nosso viés. Essa fala muda tudo, porque quando Tom se decepciona com Summer (Zooey Deschanel), ele não está reagindo à realidade, e sim à versão idealizada que criou dela.

Ao colocar o público dentro da mente de Tom, o filme se torna uma experiência subjetiva, um espelho de nossas próprias ilusões amorosas. É justamente por isso que tantos espectadores interpretaram 500 Dias com Ela como uma história de amor triste, quando na verdade ele é um estudo sobre expectativa e projeção.



Rever o filme agora com essa consciência trazida pelo próprio intérprete do protagonista parece quase uma obrigação. Talvez não para mudar o que sentimos por Tom, mas para finalmente enxergar Summer e o amor sob uma luz mais justa.

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