DIA D | Steven Spielberg retorna à ficção científica com sua primeira superprodução original em mais de 20 anos
Steven Spielberg está oficialmente de volta ao território que ajudou a definir sua carreira. DIA D ("Disclosure Day"), novo filme do diretor, marca um retorno raro e simbólico: trata-se do primeiro grande blockbuster de verão comandado por Spielberg baseado em uma história original desde Minority Report - A Nova Lei (2002). E, mais do que isso, o projeto nasce de uma ideia do próprio cineasta, algo que não acontecia há décadas em sua filmografia recente.
Desde o início dos anos 2000, Spielberg passou a se concentrar majoritariamente na direção, adaptando livros, eventos históricos ou propriedades já existentes. Filmes como Ready Player One, Ponte dos Espiões, O Bom Gigante Amigo e até os dramas lançados no fim de ano seguem essa lógica. Antes disso, apenas A.I. - Inteligência Artificial (2001) havia reunido Spielberg como roteirista e diretor de uma narrativa essencialmente autoral. Mesmo Minority Report, frequentemente citado como exceção, partia de um conto de Philip K. Dick e teve o roteiro desenvolvido por outros escritores. DIA D quebra esse ciclo.
O longa é baseado em uma ideia original de Spielberg, com roteiro assinado por David Koepp, colaborador frequente do diretor e responsável por textos de peso como Jurassic Park, Guerra dos Mundos, O Mundo Perdido, Pânico e o primeiro Homem-Aranha. A parceria reacende uma engrenagem criativa que remete diretamente ao Spielberg da ficção científica clássica, aquele interessado no desconhecido, no impacto do extraordinário sobre pessoas comuns e na relação entre humanidade e verdade.
O trailer sugere uma trama global, centrada na revelação de algo que pode mudar a percepção da humanidade sobre o universo. Emily Blunt (capa) lidera o elenco como uma jornalista que parece se ver no epicentro de um evento de proporções mundiais, levantando questões sobre transparência, medo coletivo e o direito à verdade. A proposta evoca ecos de Contatos Imediatos do Terceiro Grau e Guerra dos Mundos, mas com uma abordagem mais contemporânea, menos espetacularizada e mais inquietante.
Produzido pela Amblin Entertainment e programado para o verão, DIA D carrega o peso de um "evento Spielberg", algo cada vez mais raro. Não apenas pelo orçamento ou pela escala, mas pelo significado histórico: é Spielberg voltando a imaginar o futuro, o desconhecido e a ficção científica a partir de uma ideia que nasce dele, e não de uma propriedade pré-existente.
Mais do que um novo filme, DIA D se apresenta como um ponto de inflexão. Um lembrete de que, mesmo após décadas moldando Hollywood, Spielberg ainda encontra espaço para retornar às suas origens criativas, aquelas que transformaram o cinema de entretenimento em experiência de assombro, curiosidade e descoberta.
O filme está programado para estrear em 12 de junho de 2026 nos Estados Unidos, e tem estreia no Brasil prevista em 11 de junho de 2026.
Desde o início dos anos 2000, Spielberg passou a se concentrar majoritariamente na direção, adaptando livros, eventos históricos ou propriedades já existentes. Filmes como Ready Player One, Ponte dos Espiões, O Bom Gigante Amigo e até os dramas lançados no fim de ano seguem essa lógica. Antes disso, apenas A.I. - Inteligência Artificial (2001) havia reunido Spielberg como roteirista e diretor de uma narrativa essencialmente autoral. Mesmo Minority Report, frequentemente citado como exceção, partia de um conto de Philip K. Dick e teve o roteiro desenvolvido por outros escritores. DIA D quebra esse ciclo.
Trailer Dublado
O longa é baseado em uma ideia original de Spielberg, com roteiro assinado por David Koepp, colaborador frequente do diretor e responsável por textos de peso como Jurassic Park, Guerra dos Mundos, O Mundo Perdido, Pânico e o primeiro Homem-Aranha. A parceria reacende uma engrenagem criativa que remete diretamente ao Spielberg da ficção científica clássica, aquele interessado no desconhecido, no impacto do extraordinário sobre pessoas comuns e na relação entre humanidade e verdade.
O trailer sugere uma trama global, centrada na revelação de algo que pode mudar a percepção da humanidade sobre o universo. Emily Blunt (capa) lidera o elenco como uma jornalista que parece se ver no epicentro de um evento de proporções mundiais, levantando questões sobre transparência, medo coletivo e o direito à verdade. A proposta evoca ecos de Contatos Imediatos do Terceiro Grau e Guerra dos Mundos, mas com uma abordagem mais contemporânea, menos espetacularizada e mais inquietante.
O trailer também evoca o desconforto sensorial de Sinais (2002), de M. Night Shyamalan, tanto pelo uso do som como elemento de tensão quanto pela iconografia dos sinais espalhados pelo mundo, incluindo formações que remetem aos círculos em plantações.
| Universal Pictures / Divulgação |
Produzido pela Amblin Entertainment e programado para o verão, DIA D carrega o peso de um "evento Spielberg", algo cada vez mais raro. Não apenas pelo orçamento ou pela escala, mas pelo significado histórico: é Spielberg voltando a imaginar o futuro, o desconhecido e a ficção científica a partir de uma ideia que nasce dele, e não de uma propriedade pré-existente.
Mais do que um novo filme, DIA D se apresenta como um ponto de inflexão. Um lembrete de que, mesmo após décadas moldando Hollywood, Spielberg ainda encontra espaço para retornar às suas origens criativas, aquelas que transformaram o cinema de entretenimento em experiência de assombro, curiosidade e descoberta.
Francisco P. Neto
Criador e editor do CaroCineasta.
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