Daniel – Um Relato Bruto Sobre a Vida, a Morte e o Que Levamos do Mundo

Faz algum tempo que assisti a esse documentário da HBO, por indicação no TikTok, e queria comentar sobre... Imagine um jovem que desde muito cedo carrega uma câmera nas mãos, filmando momentos, bons e ruins, com sinceridade e paixão, como se quisesse capturar não só sua vida, mas a própria vida em seu estado mais cru. Esse jovem é Daniel.

O documentário nos revela um homem vivendo intensamente. Ele viaja por muitos países, ensina em terras distantes, busca se conectar com outras culturas e, ao mesmo tempo, trava batalhas interiores profundas. Comentários online reforçam que, ao assistirem, pessoas "choraram", "foram inspiradas" por esse filme que pode sim ser considerado bruto e de partir o coração em alguns momentos. Além de envolver um plot sobre uma pedra maia, supostamente mística, que não devia ter sido retirada do lugar, o que me faz assistir...






Trailer oficial

Um dos pontos mais fortes comentados é a forma com que ele encara a vida em seu doc autoral. Daniel foi diagnosticado com leucemia, e o documentário mostra o processo de aceitar que o tempo seria limitado no seu caso. Ele não finge saber o que virá; ele mostra dúvidas, arrependimentos, mas também um profundo desejo de que sua vida, curta ou longa, talvez tenha sentido e deixe alguma marca. 

Outro comentário online resume bem: "Ele nos permitiu compreender o que significa lutar com o próprio fato de ser humano." Outro ponto que muitos ressaltam é a mensagem de urgência para viver. Como um espectador disse: "Esse jovem realmente vivia sua vida ao máximo… Ele queria dar às pessoas esperança e incentivo para viver e amar plenamente."



Há também um mistério simbólico que mexeu com muitos: Daniel, em uma de suas viagens, pegou uma pedra de barro de uma caverna maia, que talvez tivesse significado espiritual ou simbólico. Quando ele percebeu o peso desse ato, e tentou devolvê-la, muitos comentaram que aquilo representou algo maior: respeito às tradições, à terra, ao invisível. Um usuário do reddit defende que não era um "roubo", já que ele não sabia do simbolismo, mas outros questionam: será que existe algo além do visível que reagiu a esse gesto?

Muitos elogiaram também o trabalho da irmã de Daniel e dos editores que montaram o filme: eles conseguiram organizar horas de filmagem bruta em uma narrativa comovente, sem transformar o documentário em algo óbvio. Vem à tona também uma subtrama sobre a identidade afetiva de Daniel. Em um momento, ele diz algo que muitos interpretaram como referência ao sentimento de nunca ter sido visto como "fofo" ou "aceito" no aspecto romântico da vida, algo que ressoa com muitos espectadores LGBTQIA+. Um comentarista gay compartilhou como o trecho falou diretamente à sua própria experiência e "fez ele chorar duplamente".


Em outras palavras: Daniel não é apenas a biografia de um homem; é um convite a olhar para a mortalidade, para a intensidade da vida e para as escolhas que fazemos. O documentário leva o espectador por um percurso emocional: admiração, tristeza, reverência pelo agora. É uma obra que muitos definem como "inspiradora e devastadora" ao mesmo tempo, porque nos confronta com o fato de que a vida é frágil, mas merece ser vivida com intenção. E acima de tudo: fala sobre legados, não de riqueza material, mas de conexão, amor, coragem.

Fui atraído pelo plot misterioso envolvendo a pedra maia, retirada de um antigo túmulo supostamente amaldiçoado, e pela sequência de eventos na vida desse jovem – que pode ou não estar ligada ao ato de tomar algo que não lhe pertencia. Mas o que realmente me prendeu à narrativa, além da forma crua e quase amadora de retratar a vida, foi a carga emocional que só a realidade é capaz de transmitir em obras como essa.

Se você ainda não assistiu, este é um daqueles filmes que permanece com você por dias, talvez por semanas. É doloroso, sim, mas é também uma celebração da condição humana em sua expressão mais crua.




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Base de comentários: https://www.reddit.com/r/movies/comments/18houux/daniel_official_trailer_hbo/

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