Do Universo de John Wick: Bailarina | Resenha sem spoilers

Bailarina é o mais novo derivado do universo de John Wick, agora com foco em uma nova protagonista. E se você, assim como eu, já estava com um pé atrás desde os primeiros trailers, respira fundo. Eu também achei que seria só mais um produto tentando esticar demais um mundo já saturado, mas acabei mordendo a língua.
O filme acompanha Eve, vivida por Ana de Armas, uma mulher treinada desde cedo no misterioso programa das bailarinas assassinas. O passado dela volta para assombrá-la, e a partir daí, seguimos numa jornada intensa de vingança, dor e sobrevivência.
O filme acompanha Eve, vivida por Ana de Armas, uma mulher treinada desde cedo no misterioso programa das bailarinas assassinas. O passado dela volta para assombrá-la, e a partir daí, seguimos numa jornada intensa de vingança, dor e sobrevivência.
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"Bailarina" (imagem de divulgação, Paris Filmes) |
Antes de tudo: sim, Keanu Reeves está no filme. E não, ele não foi jogado ali só pra chamar atenção. As participações dele são bem distribuídas e respeitam o peso que o personagem carrega no universo. Inclusive, Bailarina se passa antes dos eventos do quarto filme, o que faz com que a presença dele ainda assuste e imponha respeito.
Agora, o que me surpreendeu de verdade foi Ana de Armas. A atriz não só convence no papel de heroína de ação, como entrega uma performance crua e física, com várias cenas onde ela claramente se jogou nos treinos e nas coreografias. A Eve dela não é invencível – e isso é ótimo. Ela apanha. Ela erra. E é exatamente por isso que a gente compra a luta dela.
O roteiro é simples, quase clichê: tragédia na infância, busca por justiça (ou vingança) e uma trilha de corpos pelo caminho. Mas a direção compensa isso com ambientação sólida, sequências de ação coreografadas com capricho e um cuidado especial em mostrar como a protagonista, apesar de fisicamente mais frágil que outros assassinos, compensa com inteligência tática e uso do ambiente – bem diferente de John Wick, que é mais força bruta e técnica.
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"Bailarina" (imagem de divulgação, Paris Filmes) |
O elenco de apoio também brilha, ainda que em participações pequenas. Ian McShane e Lance Reddick (em uma de suas últimas aparições) retornam com o carisma de sempre, e Norman Reedus, apesar de aparecer menos do que o marketing deu a entender, encaixa bem no clima da história.
Claro, nem tudo são flores. O filme não tenta ser mais do que é. A trama é direta ao ponto, e quem espera profundidade emocional ou grandes reviravoltas pode sair sentindo falta. Mas honestamente? Essa simplicidade é uma virtude. O primeiro John Wick também é assim – e funciona porque sabe o que quer ser. Bailarina é um filme de ação estiloso, violento e bem amarrado dentro do universo que os fãs conhecem e gostam. Eve não substitui Wick, ela prova que tem espaço próprio nesse mundo de assassinos – e o mais importante, conquista esse espaço com mérito.
Trailer Oficial Legendado
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